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15/02/2016 17h56
Reticências - Regras de uso segundo a norma culta.

Bem, como  reticências é um recurso que gosto muito de utilizar em meus escritos, decidi postar algo sobre esse tipo de pontuação, suas regras e aplicações. Espero que gostem.

(Rahna)

- - - -

Reticências é um sinal de pontuação que marca uma interrupção, indicando uma suspensão na melodia frásica. São usadas para:

- Indicar a suspensão ou interrupção de uma ideia ou pensamento.

Exemplos:

  • Está na hora de ir embora, porque …
  • Às vezes, fico pensando que…

- Indicar que uma ação ainda não acabou.

Exemplos:

  • A chuva caia…
  • Os dias passavam…

- Transmitir na linguagem escrita sentimentos e sensações típicas da linguagem falada, como hesitações, dúvidas, surpresa, ironia, suspense, tristeza, ironia,…

Exemplos:

  • Eu… eu não sei… não sei o que podemos fazer agora…
  • Não a quero ver… nem falar com ela… não… nunca mais…

- Indicar uma ideia que se prolonga, deixando que a conclusão do sentido da frase seja feita conforme a interpretação pessoal dos leitores.

Exemplos:

  • O homem soube que tudo já tinha sido dito e que agora era sua vez de agir…
  • Mariana gosta comer de frutas: banana, abacaxi, morango, uva, goiaba, mamão,…

- Realçar um palavra ou expressão, dando maior ênfase à mesma.

Exemplos:

  • Seu presente é… uma bicicleta!
  • Faça o que eu estou mandando… agora!

- Indicar uma interrupção nos diálogos, provocada pelo próprio emissor ou provocada pela interferência de algo ou alguém na fala do emissor.

Exemplos:

  • - Passei pelo centro da cidade e fui…
  • - Ai, sim? E você viu se a loja de meu pai estava fechada?
  • - Não, não vi,… Fui rapidamente para o metrô.

- Indicar que uma citação está incompleta, havendo partes da mesma que não foram transcritas.

Exemplos:

  • “ Houve momentos de alegria e de tristeza, havendo também […] experiências inesquecíveis […]”
  • “[…] estaria para sempre esperando por mim.”

Uso de letra maiúscula ou minúscula depois das reticências

Deverá ser usada letra maiúscula se a ideia expressa antes das reticências estiver concluída, mesmo tendo sido concluída com um sentido vago, havendo novo início de frase, com transmissão de uma nova ideia.

Exemplos:

  • Não tive tempo de ver isso… Estavam todos esperando por mim, então fui embora.
  • Heloísa fez de manhã as compras para o bolo: farinha, açúcar, chocolate, ovos,… De tarde preparou os enfeites para a festa.

Deverá ser usada letra minúscula se a ideia expressa antes das reticências não estiver concluída, sendo retomada na continuação da frase.

Exemplos:

  • A mãe pensou, pensou, pensou,… mas continuou sem saber que decisão tomar.
  • Como eu estava dizendo… bem… infelizmente, você não foi o escolhido para representar a empresa.

Fonte:http://www.normaculta.com.br/reticencias/

Publicado por Rahna
em 15/02/2016 às 17h56
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15/02/2016 15h17
Poemas de forma fixa - TROVA

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Trova é um poema autônomo de quatro versos em redondilha maior.

A definição de trova que foi adotada como definitiva, segundo Luiz Otávio, é "composição poética de quatro versos de sete sílabas cada um, rimando pelo menos o segundo com o quarto verso e criação literária mais popular, que fale mais diretamente ao coração do povo. É através da Trova que o povo toma contato com a poesia e sente a sua força. Por isso mesmo, a Trova e o Trovador são imortais."[1]

Fernando Pessoa considera que "A Trova é o vaso de flores que o povo põe à janela de sua alma."[2]

Exemplo de trova de autoria de Luiz Otávio:

Às vezes o mar bravio
dá-nos lição engenhosa:
afunda um grande navio,
deixa boiar uma rosa!

Trova é um poema monotrófico (contém uma estrofe apenas) com quatro versos heptassílabos (redondilha maior), sem título, que se completa em seus quatro versos, como nos exemplos a seguir, de Pedro Ornellas:

O acerto, sim, amedronta,
mas creio que estamos quites:
Para os meus erros sem conta
Deus tem perdão sem limites.


A situação tá tão feia,
minha grana tão escassa,
que o vizinho churrasqueia
e eu passo o pão na fumaça.

A trova também é chamada de "quadra" ou "quadrinha", mas esta sinonímia não é perfeita, uma vez que as regras rígidas da trova não se fazem necessariamente na quadra. Entre os atuais cultores desta forma de poesia, é preferível o termo "trova" como designativo.


Há a necessidade de se diferenciar a trova da quadra que compõe um poema maior, uma vez que a trova se completa em si, sem aceitar mais nenhuma estrofe.

O esquema rímico da trova é de rimas alternadas (ABAB) ou cruzadas (ABBA).

Para os concursos literários, atualmente, as trovas de rima simples ABCB foram preteridas em função das trovas de rima completa ABAB, como segue:

Trova de rima simples (ABCB), de autoria de Luiz Otávio:

Desconfio que a saudade (A)
não gosta de ti, meu bem: (B)
quando tu vens, ela vai...(C)
quando tu vais, ela vem! (B)

Trova de rima completa (ABAB) de autoria de Antonio Augusto de Assis:

Tem muito mais graça a vida (A)
quando a gente tem com quem (B)
repartir bem repartida (A)
a graça que a vida tem. (B)


Referências
 A Trova Raízes e Florescimento - UBT - 2013
 A Trova Raízes e Florescimento - UBT - 2013
CAMPOS, GEIR. Pequeno dicionário de arte poética. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1960.
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa

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em 15/02/2016 às 15h17
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14/02/2016 00h35
Poemas de forma fixa - Soneto

Há poemas que têm uma forma fixa, isto é, submetida a regras determinadas quanto à combinação dos versos, das rimas ou das estrofes. Assim o sonetoo rondóo rondela baladao cantorealo vilancetea vilanelaa sextinao pantumo haicai e a quadra popular. Dentre eles, merece um comentário particular o soneto por sua longa vitalidade em várias literaturas, inclusive na portuguesa e na brasileira.

 

O soneto

 

Há duas variedades de soneto: o soneto italiano e o soneto inglês.

1. Compõe-se o soneto italiano de quatorze versos, geralmente decassílabos ou alexandrinos, agrupados em duas quadras e dois tercetos.

As rimas das quadras são as mesmas. Um par de rimas serve a ambas, segundo um dos dois esquemas: abba-abba, abab-abab.


 

2. Nos tercetos podem combinar-se duas ou, mais frequentemente, três rimas.

Quando há apenas duas rimas, dispõem-se elas normalmente de forma alternada: cdc-dcd. Se as rimas são três, distribuem-se em geral nos esquemas:

ccd-eed, empregado preferentemente por Florbela Espanca, a exemplo destes tercetos de Languidez:


 

Fecho as pálpebras roxas, quase pretas,

Que pousam sobre duas violetas,

Asas leves cansadas de voar...


 

E a minha boca tem uns beijos mudos...

E as minhas mãos, uns pálidos veludos,

Traçam gestos de sonho pelo ar...

 

cdc-ede, que se documenta nos tercetos de Lar paterno, de Belmiro Braga:


 

Serras virentes, que não mais transponho,

Na retina fiel ainda eu vos tenho,

E revejo, através de um brando sonho,


 

A casa onde nasci, as mansas reses,

A várzea, o laranjal, a horta, o engenho

E a cruz onde rezei por tantas vezes...


 

cde-cde, que aparece nestes tercetos de Zulmira, de Raimundo Correia:


 

Não sei porque chorando toda a gente,

Quando Zulmira se casou, estava:

Belo era o noivo... que razões havia?


 

A mãe e a irmã choravam tristemente;

Só o pai de Zulmira não chorava...

E era o pai, afinal, quem mais sofria!

 

Estas as principais disposições rímicas do soneto italiano, ou seja, da forma tradicional deste breve e afortunado poema.

3. O soneto inglês, modernamente introduzido nas literaturas de língua portuguesa, também consta de quatorze versos, mas distribuídos em três quadras e um dístico final, que se escrevem sem espacejamento. Obedece a um dos dois esquemas:

 

a) abab bcbc cdcd ee;

b) abab cdcd efef gg.


 

Na literatura inglesa, o primeiro tipo é conhecido por soneto spenseriano(spenserian sonnet), por ter sido cultivado inicialmente pelo poeta Edmund Spenser (1552?-1599); o segundo denomina-se soneto shakespeariano (Shakespearean sonnet) ou, simplesmente, soneto inglês (English sonnet) por se haver tornado a forma mais usual do poema desde que dela se serviu o genial dramaturgo nos 154 espécimes do gênero que nos legou.

De Manuel Bandeira é este soneto shakespeariano:

Soneto inglês no 2 
 

Aceitar o castigo imerecido,

Não por fraqueza, mas por altivez.

No tormento mais fundo o teu gemido

Trocar num grito de ódio a quem o fez.

 

As delícias da carne e pensamento

Com que o instinto da espécie nos engana

Sobpor ao generoso sentimento

De uma afeição mais simplesmente humana.

 

Não tremer de esperança nem de espanto.

Nada pedir nem desejar, senão

A coragem de ser um novo santo

Sem fé num mundo além do mundo. E então

 

Morrer sem uma lágrima, que a vida

Não vale a pena e a dor de ser vivida.

 

Fonte: http://www.aulete.com.br/gram/cap20-05-poemas_de_forma_fixa

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em 14/02/2016 às 00h35
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01/02/2016 18h09
Iode, vau, diérese e sinérese

Importantes conceitos na encansão de um poema

Encontro vocálico o agrupamento de vogais e semivogais. Há três tipos de encontros vocálicos:

Hiato = É o agrupamento de duas vogais, cada uma em uma sílaba diferente.

Lu-a-na, a-fi-a-do, pi-a-da

Ditongo = É o agrupamento de uma vogal e uma semivogal, em uma mesma sílaba. Quando a vogal estiver antes da semivogal, chamaremos de Ditongo Decrescente, e, quando a vogal estiver depois da semivogal, de Ditongo Crescente. Chamaremos ainda de oral e nasal, conforme ocorrer a saída do ar pelas narinas ou pela boca.

Cai-xa = Ditongo decrescente oral.

Cin-quen-ta = Ditongo crescente nasal, com a ocorrência do Ressoo Nasal.

Tritongo = É o agrupamento de uma vogal e duas semivogais. Também pode ser oral ou nasal.

A-guei = Tritongo oral.

Á-guem = Tritongo nasal, com a ocorrência da semivogal m.



Além desse três, há outros encontros vocálicos importantes:

O agrupamento de uma semivogal entre duas vogais. São os grupos aiaeiaoiauia,aieeieoieuieaioeiooiouiouiu, em qualquer lugar da palavra - começo, meio ou fim. Denominam-se esses encontros de iode. Eis alguns exemplos de iode:

praia, ideia, joia, imbuia, arreio, arroio, balaio, feio, tuiuiú.

Foneticamente, ocorre duplo ditongo ou tritongo + ditongo, conforme o número de semivogais.

Representa-se o som de i com duplo Yay-yaey-ya, representando o "y-y" um fonema apenas, e não dois como parece. A pronúncia do i é contínua em ambas as sílabas, sem o silêncio que caracteriza a mudança de sílaba.

A palavra vaia, então, tem quatro letras (v - a - i - a) e quatro fonemas (/v/ /a/ /y/ /a/), sendo que o "y" pertence às duas sílabas, não havendo, no entanto, silêncio entre as duas no momento de pronunciar a palavra. Foneticamente, há, então, dois ditongos: ay eya. Já em sequóia, há um tritongo (woy) e um ditongo (ya).

Na separação silábica, o i ficará na sílaba anterior: prai-a, mei-
a, joi-o, mai-o, fei-o, im-bui-a, tui-ui-ú.

 




O mesmo ocorre com a semivogal W: aua, aue, aui...

Pi-au-í = Representação fonética: Pi-aw-wi. Com o "w" ocorre o mesmo que ocorreu com o "y", ou seja, representa um fonema apenas e pertence a ambas as sílabas, não havendo o silêncio entre elas no momento de pronunciar a palavra. Denominam-se esses encontros de vau.




Ocorrem, também, na Língua Portuguesa, encontros vocálicos que ora são pronunciados como ditongo, ora como hiato. São eles:

Sinérese = São os agrupamentos aeaoeaeo
iaieiooaoeuaueuo.

Ca-e-ta-no, Cae-ta-no; ge-a-da, gea-da; Na-tá-li-a, Na-tá-lia; du-e-lo, due-lo.

Diérese = São os agrupamentos aiaueieuiuoiui.

re-in-te-grar, rein-te-grar; re-u-nir, reu-nir; di-u-tur-no, diu-tur-no.


Obs.: Há palavras que, mesmo contendo esses agrupamentos não sofrem sinérese nem diérese. Há de ter bom senso, no momento de se separarem as sílabas. Nas palavrasruatiamagoa, por exemplo, é claro que só há hiato.

 

Fonte: Blog do Pofessor Dílson Catarino 

http://dilsoncatarino.blogspot.com.br/2009/03/iode-vau-dierese-e-sinerese.html

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em 01/02/2016 às 18h09
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01/02/2016 16h12
Churrasco à gaúcha com crase e filé a cavalo sem? Ótima aula do professor Dílson Catarino.

Publicado por Rahna
em 01/02/2016 às 16h12
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